Algumas crianças recusam certos alimentos por causa da textura, cor, cheiro ou aparência. Isso é normal até certo ponto. No entanto, quando essa recusa é muito forte e constante, pode acabar prejudicando a saúde e o crescimento.
Seletividade Alimentar no Autismo
A seletividade alimentar no autismo é bastante comum. De acordo com estudos, cerca de 70% das crianças no espectro apresentam restrições alimentares.
Os principais motivos são:
- Hipersensibilidade sensorial (ao gosto, cheiro ou textura);
- Rigidez em rotinas alimentares;
- Ansiedade diante de novos alimentos.
Esses fatores fazem com que as refeições sejam momentos de estresse tanto para a pessoa quanto para a família. Por isso, é importante entender que a abordagem precisa ser feita com calma e estratégia.
Seletividade Alimentar e TDAH em Adultos
Embora nem sempre seja comentado, muitos adultos com TDAH também têm dificuldades para manter uma alimentação equilibrada. De forma geral, a impulsividade, que é comum nesse transtorno, influencia diretamente a maneira como escolhem o que comer.
Muitas vezes, a preferência recai sobre comidas rápidas e práticas, sem muita variedade no prato. Isso acontece porque quem tem TDAH costuma buscar novidades o tempo todo. Dessa forma, alimentos industrializados, ricos em açúcar e gordura, acabam sendo mais atraentes. Eles trazem uma sensação rápida de prazer, o que facilita escolhas menos saudáveis sem a pessoa perceber.
Com o passar do tempo, essa preferência pode deixar a alimentação pobre em nutrientes, impactando a saúde a longo prazo.
Como o TDAH Afeta a Alimentação no Dia a Dia
As principais dificuldades incluem:
- Falta de planejamento: Dificuldade em organizar refeições e horários.
- Esquecimento de refeições: Algumas pessoas pulam refeições por distração.
- Preferência por alimentos processados: Comida rápida é vista como mais prática.
- Resistência a novos sabores: Dificuldade em sair da zona de conforto.
Esses comportamentos, quando somados, contribuem para padrões alimentares pouco variados. Consequentemente, aumentam o risco de deficiências nutricionais.
Estratégias Para Melhorar a Relação com a Comida
Para adultos com TDAH, pequenas mudanças já fazem diferença. Por exemplo, criar uma rotina de alimentação com horários definidos ajuda bastante.
Além disso, apostar em comidas fáceis e nutritivas facilita as escolhas. Deixar alimentos saudáveis à vista também torna o processo mais prático. Outro ponto importante é buscar ajuda profissional. Um acompanhamento adequado cria hábitos novos que respeitam as dificuldades de cada pessoa.
Principais Sinais da Seletividade Alimentar
Fique atento aos sinais mais comuns:
- Rejeição de alimentos por textura ou cor;
- Recusa em experimentar novos alimentos;
- Alimentação limitada a poucos itens;
- Estresse ou birras durante as refeições.
Quando esses sinais aparecem de forma frequente, é hora de considerar apoio especializado.
Como Lidar com a Seletividade Alimentar?
A boa notícia é que, com paciência e estratégia, é possível ampliar a variedade alimentar.
Algumas estratégias eficazes são:
- Introdução gradual: Apresente novos alimentos junto com os preferidos.
- Ambiente positivo: Evite pressões ou brigas durante as refeições.
- Exposição sensorial: Deixe a criança tocar, cheirar e explorar o alimento antes de experimentar.
- Profissionais de apoio: Terapeutas ocupacionais e nutricionistas podem ajudar muito.
Portanto, agir com empatia e consistência é o melhor caminho para o sucesso.
Quando Procurar Ajuda?
Saber o momento certo para procurar suporte é essencial. A seletividade alimentar, se persistente, pode causar sérias consequências para a saúde, principalmente em crianças em fase de crescimento.
Se houver perda de peso, deficiências nutricionais ou atrasos no desenvolvimento, procure avaliação especializada. Além disso, o impacto na vida familiar, com estresse nas refeições, também é um sinal de alerta.
Profissionais que Podem Ajudar
O tratamento envolve uma equipe multiprofissional. Os principais especialistas são:
- Nutricionista: Avalia o estado nutricional e cria um plano alimentar adequado.
- Terapeuta ocupacional: Trabalha a aceitação de diferentes texturas.
- Fonoaudiólogo: Ajuda com dificuldades de mastigação e deglutição.
- Psicólogo: Atua nos aspectos emocionais e comportamentais relacionados à alimentação.
Trabalhar em conjunto facilita o progresso e torna o tratamento mais leve para todos.
Importância da Intervenção Precoce
Agir rapidamente diante dos primeiros sinais é fundamental. Quando a seletividade alimentar se instala por muito tempo, reverter o quadro pode ser mais difícil.
Portanto, iniciar o tratamento cedo favorece uma alimentação equilibrada, promove o crescimento saudável e melhora o aprendizado e a qualidade de vida.
Como Escolher o Profissional Certo?
Na hora de buscar ajuda, prefira profissionais com experiência em transtornos do neurodesenvolvimento, como o TEA e o TDAH. Isso porque eles conhecem melhor as necessidades sensoriais e comportamentais desses pacientes.
Também é essencial que a família participe do processo. Adaptar o ambiente, tornar as refeições agradáveis e reforçar os progressos ajuda muito no sucesso do tratamento.
No Entanto
Comer pode ser um grande desafio para quem vive com autismo ou TDAH. Entretanto, com entendimento, paciência e boas estratégias, é possível mudar essa realidade.
Além disso, contar com a orientação de profissionais especializados faz toda a diferença. Aos poucos, a alimentação se torna mais variada e saudável, trazendo mais qualidade de vida para toda a família.
Por isso, comece hoje mesmo a buscar apoio e dar passos para uma vida mais equilibrada.
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