Em janeiro de 2025, o Brasil passou a adotar a nova Classificação Internacional de Doenças, o CID-11. Entre as principais mudanças, destacam-se as atualizações no diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista (TEA). Entender essas atualizações é essencial para garantir avaliações mais precisas e um atendimento mais adequado. A seguir, veja os principais pontos que merecem atenção.
Atualizações no diagnóstico do autismo: novo código 6A02 no CID-11
Até a chegada do CID-11, diferentes tipos de autismo recebiam classificações separadas, como “Síndrome de Asperger” ou “Autismo Infantil”. Agora, todos os casos fazem parte do código 6A02 – Transtorno do Espectro do Autismo.
Essa mudança torna o diagnóstico mais simples e reconhece a variedade de manifestações do espectro, evitando divisões rígidas.
Mais detalhes no diagnóstico do autismo com o CID-11
Outra novidade relevante é a possibilidade de indicar se a pessoa apresenta deficiência intelectual e se há comprometimento na linguagem funcional.
Graças a isso, o diagnóstico se torna mais completo e permite um planejamento de suporte mais adequado às necessidades específicas de cada indivíduo.
CID-11: realocação da Síndrome de Rett no diagnóstico do autismo
A partir do CID-11, a Síndrome de Rett deixou de integrar o espectro do autismo e recebeu um novo código: LD90.4.
Essa mudança ocorreu porque a condição é causada por mutações genéticas específicas, o que a diferencia do autismo em termos de diagnóstico e tratamento.
Termos atualizados no diagnóstico do autismo
O CID-11 também trouxe avanços importantes na linguagem médica, promovendo uma comunicação mais atualizada e respeitosa.
Por exemplo, termos antigos como “retardo mental” foram substituídos por expressões mais adequadas, como “transtorno do desenvolvimento intelectual”.
Com essa mudança, o novo sistema de classificação não apenas atualiza os conceitos, mas também reforça uma abordagem mais humana, inclusiva e alinhada aos valores de respeito à diversidade.
Por que as atualizações no diagnóstico do autismo com o CID-11 são importantes?
Essas atualizações não apenas modernizam a forma de diagnosticar o autismo, como também têm um impacto direto nos direitos das pessoas autistas e no suporte que elas recebem.
Com isso, o CID-11 torna as avaliações mais claras, humanizadas e adaptadas às necessidades de cada indivíduo, o que facilita o acesso a tratamentos e serviços adequados.
Consequentemente, essa mudança também impulsiona a criação de políticas públicas mais inclusivas e práticas clínicas mais eficazes, promovendo uma sociedade que reconhece, respeita e valoriza a diversidade.
Conclusão sobre as mudanças no diagnóstico do autismo
Em resumo, o CID-11 marca um avanço significativo no diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista no Brasil.
Além disso, ao introduzir códigos mais precisos e uma linguagem mais respeitosa, o novo sistema facilita uma abordagem mais individualizada para cada pessoa dentro do espectro.
Dessa forma, abre-se caminho para práticas mais inclusivas e para uma integração social mais efetiva e verdadeira.
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